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Ainda Sobre a Beyoncé…

Após assistir o documentário da Beyoncé, escrevi minha resenha em que tentei ser justo e abrir tudo que aquele filme me fez sentir. Eu, como fã – E sim, sou fã, e não é o fã-clube dela que vai dizer o contrário – quis ser realista com os fatos que vi expostos ali.

Fiquei surpreso com a reação fanática dos fã-clubes me xingando e dizendo que eu queria aparecer às custas da Beyoncé. Chega a ser engraçado de tão ridiculo. Isso me fez pensar sobre como as pessoas estão loucas ultimamente, por 2 motivos:

1- Tudo é motivo pra briga e pra xingar alguém. Se a pessoa não gosta de amarelo e vc adora, ela automaticamente se torna sua inimiga por isso. Quando foi que ficamos tão intolerantes?

2 – Esse fanatismo, ou seja qual for o nome, que algumas pessoas têm pelos artistas que os impedem de ver que eles são humanos, como todos nós. Acertar, errar, mentir, cair, isso tudo faz parte do pacote, gente. Vamos aceitar?

O Huffington Post publicou um texto gigantesco (aqui, em inglês), em quem seu colunista fala um monte sobre a Beyoncé e seu controle sobre sua imagem. Sobre sua necessidade de ser e parecer perfeita. Ele chega a questionar o motivo dela ter feito um documentário se, na verdade, ela só escolheu o que ela queria mostrar e não mostrou nada de mais. Ele não disse nenhuma mentira. Mas eu, como fã – mais uma vez- me sinto agradecido pelo documentário e pela (rara) chance de ver meu ídolo sendo apenas uma pessoa comum. Para mim valeu por isso.

Não sou obrigado a saber o que é #BeyHive ou qualquer outra coisa sobre a Beyoncé para poder admirá-la. O que eu preciso saber é da grande artista que ela é, e isso ninguém pode negar, a não ser que tenha tomado umas boas drogas. Estou errado?

Fanáticos se incomodaram com o fato de eu ter sugerido que “Listen” poderia ter sido feita para o pai. Ora, por que não? Sim, sei que é uma encomenda para “Dreamgirls”, mas o tema da música não é liberdade e rompimento? Ela não fala de alguém que se liberta para encontrar a própria voz, a independência, pois existe essa outra pessoa que não a escuta? O próprio documentário sugere isso quando, ao editar, coloca o depoimento sobre a demissão do pai junto com ela ensaiando, sozinha, a música. Coincidência não foi. Aliás, aprendam: não existem coincidências em nada que tenha sido editado. Ela pode até não ter feito a música pra ele, mas é uma bela trilha sonora para contar essa história. Podem reclamar, mas de edição eu entendo.

Enfim, continuo mantendo minhas opiniões. E ter opinião nunca fez mal a ninguém.

por Diogo Alcantara, 20 de February de 2013

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