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Eu Fui! – #OnTheRunTour
Quando a Beyoncé anunciou a “On The Run Tour”ao lado do Jay Z eu quase pari um filho albino. Era a realização de um sonho antigo, que foi alimentado por todas as aparições surpresa que o Jay Z e a Bey fizeram todos esses anos nos shows um do outro. Era muita emoção: a realeza reunida. Meu coração era só expectativa. Eu tinha que ir… E eu fui. No último sábado aterrissei em Los Angeles para ver de perto esse show que já arrecadou tantos milhões que dava até pra pagar a dívida externa do Brasil.

O lugar era longe. O estádio Rose Bowl fica em Pasadena, uma cidade há uns 40 minutos de Los Angeles, mas com o trânsito que o show gerou (sim, Bey e Jay pararam a cidade), ficou com um tempo de mais ou menos 1h 20m. Tudo bem, gente. Eu coloquei o álbum da Bey no repeat e fui com os amigos tomando meus bons drinks. Chegando lá, eu achei um pouquinho de Brasil iá iá. Os estacionamentos super faturados (40 dolares?) e bem distantes do local do show. Como estou num momento Pugliesi, decidi que era Jesus agindo e me fazendo colocar o álcool pra fora… Mas não, era o capeta mesmo. Uma caminhada sem fim até chegar ao local do show.

Chegando lá, a primeira tentação: a loja. Camisetas, moletons, bonés… tudo superfaturado. Um boné da Beyoncé custava 75 doláres, pra você ter uma ideia. O moletom também. Tourbook $34. Se você tiver pobre é melhor nem ir. Guarde o ingresso e seja feliz, porque olha. O babado é salgado. Mas as pessoas nem ligam. A fila era imensa. Eu mesmo tive que fazer a negra americana e dar bafão com 2 bees que quiseram furar a fila. Tá achando que brasileiro é bagunça? Aqui é Sasha Fierce!!!
Entrando no show, é tudo bem grandioso. Fiquei na área VIP, que é tipo o Rock in Rio e tem VIPINHO e VIPÃO. O VIPÃO é o melhor lugar do show, a chamada PIT AREA, que é ali, grudada no palco. Quem comprou, pagou mais de mil dólares pra sentir os respingos de Bey, receber os perdigotos de Jay e catar cada bafo do show.

Uma coisa que me chamou a atenção foi o público. Eu esperava uma multidão de bees enlouquecidas esperando Queen B, mas o que encontrei foi algo bem diferente: muitas mulheres, muitas famílias, muitos casais heteros, muitos rappers (logo imaginei que era o público do JayZ) e claro, muitas bees também. Mas não tinha um público predominante, sabe? Percebe-se que Bey e Jay são mesmo ícones americanos. E são os maiores ídolos da comunidade negra. Eles sabiam TODAS as músicas. Inclusive aqueles raps do Jay Z que se você ler 300x nunca irá entender ou conseguir repetir. Impressionante.
O palco, assim como o da Mrs Carter World Tour, é todo trabalhado no led e na fumaça. Durante a espera do show, só lemos a frase “THIS IS NOT REAL LIFE”(Isso não é a vida real), o que eu devo concordar. Era um sonho.
Apagam-se as luzes. Vai começar. No telao, uma projeção de mais de um minuto com cenas do filme imaginário “On the run”, onde eles vivem um casal de gangsters fugitivos. O telao se abre e saem os dois. Ela de ninja, ele com um look que parece Renner, mas deve valer mais que meus rins.
Ai meu Deus, o texto já tá imenso, então vou dar uma resumida: O show é BAPHO. É uma experiência única na vida. Eles são muito ensaiados SIM (como tudo que a Bey faz). Pelos vídeos que já tinha visto na internet, existem pouquíssimas diferenças. Tudo ao vivo. Eles não fazem playback. Ao menos não um que seja perceptível. A não ser na parte da dança no sofá de “Partition”, que ela ta dançando e fica aquela batida com a voz dela no fundo. Existe química entre os dois, mas as vezes achei que a Bey estava um pouco desconfortável, especialmente quando ele a abraça e dá aquelas cafungadas. Isso me fez pensar um pouco nos rumores de separação… Não, não estou dizendo que acho que seja tudo verdade, mas isso somado à forma SUPER INTENSA que ela canta Resentment podem sim passar essa imagem. Eu sei, ela sempre cantou essa musica intensamente, mas ao vivo é de ARREPIAR. Muito emocionante.
No show que eu fui, eles não se beijaram, mas soube que no do dia seguinte eles deram um beijão. Na hora de Drunk in Love, o estádio, que estava LOTADO veio abaixo. A Bey estava com um vestido novo que tinha uma saia transparente que estava um pouco longa demais e acho que a atrapalhou um pouco.
O show é bem dividido. Eu tive a impressão de que teve mais Jay Z do que Beyoncé (aliás, ainda em choque em como ele manda bem ao vivo e a plateia faz tudo que ele manda e canta TOOODAS). Mas esse é meu lado BeyHive que acha que toda Beyoncé é pouca. Segundo meus amigos que me acompanharam o show é dela e ele só aparece pra ela trocar de roupa… Rs…

Destaques do show: **Flawless, Crazy in Love (ela põe a bunda pra jogo REAL), Why Don’t You Love, o cover que a Bey faz de “Ex-Factor”, da Lauryn Hill, Resentment, o dueto em “Holy Grail.
Por falar em bunda, impressionante como a Bey tá empinando e mostrando a bunda mais do que nunca. Em vários momentos do show, as câmeras estão todas voltadas pra bunda dela. Eu quase fiquei hetéro de tanto ver aquela bunda bonita.

O melhor momento, no entanto, foi o gran finale. Como todo show que se preze, ficou um gostinho de “preciso vir de novo”. O dueto final de Halo e Forever Young é de fazer qualquer um chorar. As imagens da trajetória dos dois no telao, seguidas do clipe com momentos da Blue Ivy é de encher o coração de amor e dá vontade de pedir o primeiro boy que passar em casamento. A história dos dois é muito bonita (pelo menos nas imagens). Vemos o noivado, o casamento, férias, festas de aniversário…. É aquela hora que você confirma o que você pensou o show inteiro: “Beyoncé, mulher, tu é perfeita” e “Jay Z, meu filho, tu é sortudo!”.

Eu fiquei esperando aparecer a briga do elevador no telao pra dar uma animada, mas como dizia a frase do inicio “THIS IS NOT REAL LIFE”.
A “On The Run Tour”acaba dia 13 de setembro em Paris. Serão os últimos 2 shows que virarão um especial que irá ao ar na HBO no dia 20 de setembro (não tenho informações se passará no Brasil simultaneamente, vamos torcer). Não existe qualquer confirmação da vinda deles para o Brasil ou para qualquer outro país. Se brincar, essa sera mesmo a ultima oportunidade de ver o show. O que eu posso dizer é: se puder, vá. Se não puder, assista. E eu to falando sério.


















