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Ex-executivo da Pandora afirma que negociação entre Apple e Taylor Swift não passou de teatro

No último domingo (21), a Taylor Swift divulgou em seu tumblr, uma carta aberta direcionada à Apple, explicando porque não disponibilizaria o álbum “1989” na plataforma de streaming da empresa.

No texto, a cantora criticava a estratégia da Apple Music de não pagar os cantores e compositores durante o período de três meses, em que o serviço é oferecido gratuitamente.

Bastaram algumas horas, após a publicação do documento, para que a Apple se posicionasse sobre o assunto. Através de sua conta no Twiiter, o executivo sênior da empresa, Eddy Cue anunciou que os artistas passarão a ser pagos no período gratuito.

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O #AppleMusic pagará os artistas pelos streamings, mesmo durante o período gratuito de testes”

Mas o B.O da vez, meu povo, é que tem gente achando que toda essa história não passou de um teatrinho! O ex-executivo da Pandora, Tom Conrad acredita que o episódio foi na verdade uma estratégia de marketing da empresa para limpar sua imagem diante dos outros artistas. Em apenas 8 tweets, Conrad detonou uma verdadeira bomba… Cata:

“Primeiro: Spotify, Youtube, Pandora e outros pagam os artistas pelos períodos gratuitos. É a coisa certa a fazer.”

“Segundo: Taylor tirou seu álbum do Spotify não porque ela estava deixando de ser paga, mas porque ela acredita que o serviço ‘desvaloriza a música’.”

“Terceiro: ela nunca tirou nada do Youtube que é o serviço gratuito mais popular e que certamente desvaloriza mais a música que o Spotify”

“Quarto: a carreira de Taylor foi construída através da rádio que é o maior serviço gratuito de comunicação e não paga um centavo aos artistas.”

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“Quinto: a Apple não está se livrando do seu serviço gratuito, mas agora vai pagar os artistas. Isso apenas a coloca em paridade com os outros players.”

“Sexto: lembre-se. A Apple usa a música para ganhar bilhões.

“Sétimo: A carta aberta e a resposta da Apple é super teatral. Nada ali sugere que a Apple trata os artistas com mais justiça que qualquer outro serviço.

“Oitavo: meu ponto de vista é: há muita animosidade entre os artistas e o Vale do Silício. Não deveríamos tratar disso como um progresso. É apenas status quo“, encerrou Tom.

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E vocês, o que acham desse paju todo? Será que eles seriam capazes dessa encenação? Realmente, foi algo bom para ambas as partes. Taylor reafirmou sua influência e imponência no cenário musical, enquanto a Apple melhorou sua imagem em relação à classe artística. Mas daí, dizer que foi tudo armado… não sei não, viu…

por Pedro Hosken, 23 de June de 2015

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